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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Projeto "As bonecas de pano do mundo na Mantiqueira" - São Bento do Sapucaí - SP - PROAC


Queridos e queridas, 

quero contar pra vcs que o Projeto "As bonecas de pano do mundo na Mantiqueira" vai ter inicio em breve, em São Bento do Sapucaí - SP, esta cidade linda e acolhedora na qual resolvemos morar e compartilhar experiencias e conhecimentos.

Este projeto foi aprovado no PROAC Editais do Governo do Estado de SP, em 2017 e terá inicio agora em 2018, com muita troca de informações e experiencias artesanais, tendo como principal objetivo chegarmos em bonecas autorais, com a personalidade da Mantiqueira - as Mantinecas, bonecas estas que poderão ser reconhecidas e valorizadas em outras regiões como um produto dos talentos locais.

Por meio de bonecas já reconhecidas mundialmente, discutiremos as varias técnicas e possibilidades criativas para encontrarmos o nosso jeito e caminho, produzindo novas bonecas, carregadas da "carinha e tradições" da região da Mantiqueira - local de belezas e gostosuras, de gente criativa e carinhosa.
Fiquem de olho nas novidades, acompanhem a agenda (dias e horarios dos cursos), pois já, já vou publicar tudinho.


Teremos turmas em muitos bairros da cidade pra facilitar o engajamento da maior parte da população. Viu?!


Vamos que vamos, pois tudo o que fazemos com amor, dedicação e honestidade de propósitos prospera e ilumina.


Muito obrigada a todos que fazem e farão parte desta linda historia artesanal e criativa.
Forte abraço e até breve.



(primeira divulgação - dia 19 fev 2018) https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1594234507359624&set=a.105125709603852.7190.100003192699994&type=3&theater

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terça-feira, 4 de julho de 2017

#Artesanato - o desafio do reposicionamento.

Artesanato - o desafio do reposicionamento.

Analisando a desvalorização que sofre o artesanato e o artesão nos mais variados âmbitos, penso que um dos fatores mais importantes a ser revisto é o fenômeno da revolução industrial, como eficaz, em quase sua totalidade, elemento transformador da humanidade e da DEShumanidade.
Sem tecer comentários sobre os benefícios e malefícios de tal transformação, pois os aspectos a serem avaliados seriam muitos e aprofundados, volto meu olhar ao artesanato, pois é tema de meu interesse e foi extremamente afetado por tal revolução/transformação.
Tendo em vista que o ofício artesanal era feito por mãos habilidosas e profissionais que dominavam variadas artes e saberes, veio a revolução industrial, em detrimento deste Homem Fazedor e formador de aprendizes, com suas máquinas e necessidades de operadores obedientes para manter estas fábricas na ativa sem questionamentos, para, desta forma, atuarem quase como engrenagens (e como sabemos, engrenagens não questionam, apenas operam funções).
Desqualificar, desvalorizar, retirar de seu ambiente e criar uma atmosfera de rejeição ao profissional antes fortemente valorizado é, por conseguinte, necessário ao bom andamento da revolução que se fazia presente.
Tendo o apoio de fortes camadas sociais, o aparato da propaganda (e não se avalia aqui os moldes nos quais isso era feito) e a máquina avassaladora em forte crescimento e ampliação, o artesão foi sendo esmagado e desqualificado ao ponto de, até talvez, se envergonhar de seu ofício e talento.
Afinal, o que estava em voga, naquele momento, era a desmontagem de um modo de viver, quer seja no campo ou em pequenas comunidades, para formatar a vida urbana nos moldes da indústria, do chão de fábrica, do crescimento desta nova forma de viver, doesse a quem doesse.
E neste novo cenário não cabia o mestre artesão, a expressão e a criatividade. Ali se configuravam outras fórmulas.
Porém, sendo o animal humano um ser que, para viver e sobreviver, precisa suprir mais do que suas necessidades básicas de alimentação etc., e tendo este mesmo animal humano necessidade de expressar suas emoções, conhecimentos e habilidades para além do que está programado e formatado, quer seja econômica ou politicamente, desponta novamente o artesão como indivíduo que expressa o seu repertório interno por ofícios variados por necessidade profunda e intensa, mesmo que antagonizando com o status quo da imposição econômico social.
Portanto, sendo ou não valorizados, certos personagens ressurgem das cinzas, mártires de um processo esmagador, mas sobreviventes que precisam em suas artes e ofícios despontar como flores no deserto.
São estes os protagonistas do cenário que vejo no meio artesanal, séculos depois da revolução, ainda caminhantes errantes e incertos, temerários e titubeantes, mas seres que trazem lá dentro a necessidade que transborda e precisa encontrar meios de coexistir num mundo complexo e pouco acolhedor.
Muito se fez para coibi-los. Muito se fez para que deixassem de ser Mestres de seus saberes e formadores de novas gerações. Quase tudo contribuiu para sua extinção.
E mesmo assim, estão buscando seu lugar, novamente ao sol, pois a humanidade que carregam em si iluminam o restante como faróis em meio à escuridão.
E aqui vale salientar que me refiro ao ambiente Brasileiro, pois pouco posso falar das artes manuais em solos Europeus (por exemplo), mesmo me parecendo, ao longe, muito mais prósperos... talvez pelos séculos de maturidade e adversidades já vencidas e/ou ultrapassadas.
Reflito, então, que não se pode matar o animal criativo, mesmo que esmagando-o com força e retumbância. Pode-se, sim, desqualificá-lo e desvalorizá-lo, de modo que até se envergonhe de seus dons, tão lindamente dados pela natureza superior, mas, ainda que modestamente, ressurgirão.
Luto, em meus dias de sonho x realidade, para que estes Mestres de ofício possam, além de sobreviver, voltar a ter seu lugar de destaque numa sociedade mais harmônica com suas muitas criatividades e possibilidades.
No círculo continuo de mudanças e questionamentos, vejo novas gerações percebendo brechas e maneiras de se libertarem de moldes impostos.
E torço para que possam romper as amarras que ainda persistem no entendimento e compreensão de formas produtivas variadas.
Sigo na luta. E você, o que pensa de tudo isso?
Para entender um pouco mais e melhor o que foi a “revolução industrial” leia algumas referências interessantes:


Cristine Torchia – arte educadora, artista e artesã.
Apaixonada pelas artes manuais e comunicadora/incentivadora do #artesanato brasileiro.
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sexta-feira, 16 de junho de 2017

#recordaçoes2017 #megaartesanal10anoscristinetorchia #megaartesanal #FESTA

#comemoraçoes2017 #atelieluaazul #cristinetorchia
ano especial e cheio de festas, memorias, lembranças e muita #GRATIDAO
10 anos de #megaartesanal!!! e passam muito rapido!
2007 - no primeiro ano fui chamada pra ser prof da Glitter Indústria (equipe com a qual aprendi muito e respeito demais)
2008 - no segundo ano – prof da glitter e da brascola
(tenho muita saudade da Brascola Ltda. no mercado artesanal. produtos nota 10!!!)
2009 - no terceiro coordenei a entrada da santa fe na mega – com muuuuito sucesso (montei uma equipe que muito me orgulhou e fiz amigas que continuam comigo até hj - Cristiane Czernysz LombardiLúcia HiguchiLuciana PumputisElaine LlamasPriscila Cunha e outras queridas...
2010 - no quarto fui coordenadora da Estilotex e da Najar
(muita correria, muita coisa linda, muito aprendizado e muitas companheiras talentosas)
2011 – no quinto coordenei a najar e a Fernando Maluhy Tecidos (no senac) ao mesmo tempo. kkkkkkkk foi mega trabalho e mega satisfação!
além de ampliar e enriquecer a parceria com a Entretela Dupla Face Teclabel (hj conhecida e reconhecida por tannnntas profissionais e pelo grande publico do artesanato brasileiro)
2012 – no sexto coordenei a fernando maluhy no senac e fizemos parceria com a Janome do Brasil na mega.
2013 – REcomecei a voltar meu foco pro meu trabalho autoral/individual/artistico... dei aula na We Care About, na glitter, na santa fe e coordenei a Panoah Tecidos Adesivos (foram muitas emoções artesanais e ampliei minhas amigas/professoras/companheiras - Angela GarciaIone BerneFabiane GuimarãesAtelier Donna Abóbora)
2014 – fiz a expo do meu projeto (que começou em 2013) – #retalhosdavida – bordados de memorias E a expo #cadeiralinda (com premiação e parceria da Coats Corrente Brasil - Tanya-Caren CambricoliMara Cristina LaviaRosangela SilvaKarol Navas e mais!) - foi uma lindeza geral!!!
fui curadora do Ateliê Centauro - que tambem foi mega legal!
vieram as companheiras preciosas Veri Verusca AmaralLeandra MilanezziJackie FonsecaMárcia BergantinCristina Dos Santos e muito mais.
conheci companheiros impares - Moacir FeldenheimerLeandro ArantesRenara RochaTatiana Bonumá... ai que saudade de vcs!
2015 – fiz a expo do projeto #AGUAfontedavida com parceria da #coats e muito mais! conversamos sobre muitos assuntos importantes e os trabalhos foram linnnndos - nuvens pra todo lado e o lançamento dos meus tecidos #fernandomaluhy (estouro de vendas e fofurices que vejo até hj pra todo lado)
2016 – começamos o projeto #artesanatoTERAPIA + #terapiadosfios - que continua... me enche de orgulho e satisfação (pois fala muito mais ao coração, atinge o bem estar que tanto precisamos e aprofunda os conhecimentos que tenho, admiro e busco viver e compartilhar)
os parceiros foram nota 10 e valiosos - EnovelarPingouin Fios, Coats, Circulo, Fios Purafibra e muito mais!
2017 – FESTA – comemoração 10 anos cristine torchia na mega artesanal. obaaaaaaaaaaaaa!
Círculo S/A - Fernanda WieserOsni De Oliveira Junior - vem juntinho e nós adoramos demais!
estão todos convidados a virem dar aquele abração de festa, de carinho, de alegria, de solidariedade, de amor aos artesanatos brasileiros e aos talentos nota 10!
Rita MazzottiRita Paiva e equipe Wr São Paulo, #gratidao é a palavra que vem lá do fundo do ❤️!!! vamos que vamos!







 













segunda-feira, 5 de junho de 2017

o que é ARTESANATO e ARTESÃO

MENINAS, o texto é grande... MAS DEVE SER LIDO POR TODOS aqueles que dizem amar o #artesanato, pois amar é conhecer e lutar por... não é?
IMPORTANTISSIMO!!!
DESIGN + ARTESANATO
O caminho brasileiro
DE QUE ARTESANATO ESTAMOS FALANDO
Adélia Borges
Professora: Maria do Carmo Curtis
Diagramação: Amanda Griebeler
Antes de entrar propriamente na questão de aproximação ente artesanato e design no Brasil, é necessário definir
o que se entende por artesanato. Vários livros de design em nosso país começam por apresentar os significados
dessa palavra, tão falada ultimamente quanto mal compreendida. Eu mesma não fugi à regra e já no primeiro
texto de meu livro Designer não é personal trainer apresento e discuto os significados da palavra. Outros abordam
o com muita competência. Creio, assim, que não ser necessário aborrecer o leitor com mais uma digressão.
No entanto gostaria de deixar claro qual o significado da palavra artesanato que estamos adotando nesta publicação.
Trata-se da definição adotada pela Unesco em 1997: “Produtos artesanais são aqueles confeccionados por
artesãos, seja totalmente a mão, com o uso de ferramentas ou até mesmo por meios mecânicos, desde que a contribuição
direta manual do artesão permaneça como o componente mais substancial do produto acabado. Essas
peças são produzidas sem restrições em termos de quantidade e com o uso de matérias-primas de recursos sustentáveis.
A natureza especial dos produtos artesanais deriva de suas características distintas, que podem ser
utilitárias, estéticas, artísticas, criativas, de caráter cultural e simbólicas e significativas do ponto de vista social”.¹
Essa definição está a anos-luz em consistência das outras corriqueiramente disponíveis, certamente devido à
atuação daqueles órgãos das Nações Unidas em vários programas de artesanato em países em desenvolvimento
nas ultimas décadas.
Como em todas as áreas, uma consulta ao dicionário pode ser reveladora. Na acepção de artesanal convivem
desde as nações de habilidade manual e apuro técnico – em alguns casos tocando o conceito de “arte” – até rusticidade
e ausência de sofisticação. No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, ² por exemplo, artesanal é aquilo
que é “relativo a ou próprio de artesão ou artesanato” ou, no sentido figurado, “diz-se das coisas feitas sem muita
sofisticação, rústico”.
No Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa, ³ artesanal é: “adj. 1. Relativo ao artesão ou ao
artesanato. 2. Que é elaborado segundo os métodos tradicionais, individuais. 3. Que é feito através de meios rudimentares,
às vezes sem qualquer método; que apresenta feitura grosseira”. Essa conotação depreciativa, presente
nos dicionários em português, não aparece nos dicionários em outras línguas que consultamos. Em alguns deles
aparece justamente o conceito contrário. No The Concise Oxford Dictionary of Current English, a palavra craft
aparece como um substantivo e, em seguida, como um verbo, cujo significado é “fazer de maneira habilidosa (criar
um poema; uma obra bem feita)”.
Um conceito que não aparece nos dicionários brasileiros e está presente em alguns estrangeiros é o do artesanato
como uma área de atividade que requer qualificação profissional e treinamento específico. Por exemplo, no Le
Grand Robert de la Langue Française, a palavra artizan é descrita desta forma: “n. 1546, artizan; do ital. Artigiano,
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DESIGN + ARTESANATO
O caminho brasileiro
DE QUE ARTESANATO ESTAMOS FALANDO
Adélia Borges
Professora: Maria do Carmo Curtis
Diagramação: Amanda Griebeler
de arte <art>, lat. ars. 1. Aquele, aquela que exerce uma
técnica tradicional, uma ocupação manual que exige qualificação
profissional, e que trabalha por conta própria, frequentemente
com a ajuda da família, de companheiros, de
aprendizes, etc. (...) 2, (Até o séc. XVIII). Artigo. Pessoa que
pratica uma arte, uma técnica, até mesmo estética (este uso
acumula os sentidos de artesão [1. artisian] e de artista) (...).
3. Fif. Autor, pessoa que é causa de (uma coisa, uma situação,
uma condição), com uma ideia de perseverança, de paciência
(...)”.
Oleiros do Cabo de Santo Agostinho, em Pernanbuco,
reunidos pelo programa O Imaginário.
Foto: Vinícios Lubambo
Certamente seria interessante prosseguir uma
análise disso, pois dicionários são indícios das
visões da sociedade, em determinada época, a
respeito de determinado assunto. O preconceito
contra o artesanato - tantas vezes usado para
designar algo sem valor, diante dos valores
absolutos da Arte como A maiúsculo - certamente
reflete uma visão da sociedade que desvaloriza
o que vem como camadas subalternas e
reconhece previamente a produção de elite.
Aprofundar essa análise, contudo, fugiria ao escopo
deste trabalho.
O que é importante deixar claro aqui é que, quando falamos de artesanato neste livro, estamos nos referindo a
uma atividade que vimos disseminada por todo o Brasil e também por países da América Latina, de objetos que
são feitos em geral coletivamente (por grupos familiares e/ou de vizinhança) e que são ou podem ser reproduzidos
em série. Os objetos são projetados a partir de premissas habitualmente atribuídas ao design, como atendimento
a determinada função de uso, a partir do emprego de determinadas matérias-primas e determinadas
técnicas produtivas. As técnicas podem ter sido transmitidas por gerações da mesma família ou habitantes mais
velhos de uma comunidade ou podem ter sido “inventadas” recentemente por uma ou mais pessoas. Muito raramente
essas técnicas foram aprendidas na escola, mesmo nos casos em que os grupos artesanais pertencem à
classe média.
Essa caracterização é radicalmente diferente daquela que se entende por craft em outros países, em que as
técnicas são aprendidas em cursos universitários e são exercidas primordialmente por pessoas instruídas que
veem na atividade uma forma de auto-expressão - o que as aproxima mais da arte do que do design. Não são pe-
ças feitas em série, quando muito em séries limitadas, e em geral têm altos preços, compatíveis aos de obras de
arte. Essa visão é disseminada não só em países do hemisfério norte, como Holanda, Finlândia e Inglaterra. Na
Austrália, por exemplo, predomina essa visão. O Dictionary of Business and Management mostra bem isso, ao definir
craft como “uma ocupação manual que requer treinamento extenso, geralmente incluindo estágio como
aprendiz e alto nível de habilidade (por exemplo carpintaria, conhecimento em hidráulica operação de linotipo)”.
A realidade brasileira é próxima da que é possível encontrar em outros países da América Latina. Talvez seja
próxima também daquela de países africanos e da Índia, mas me faltam elementos para poder avançar em uma
comparação. Outro ponto a ser levado em conta é que muitos artesãos - melhor dizer artesãs, pois a grande
maioria é de mulheres - dividem essas atividades com outras. Nas áreas rurais, ela é intercalada com a agricultura.
Nos pequenos povoados e nas periferias, persistem os “bicos”, como montar uma pequena barraca com comida
numa quermesse ou festa popular local. Alguns homens dividem seu tempo, ainda, entre trabalho como
pedreiros e o artesanato.
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Vou me abster também a respeito do que diferencia
os vários tipos de artesanato, bem como
distinguir o que é arte popular. Num terreno
em que grassa a confusão terminológica, outros
autores têm feito isso com muita competência,
entre os quais se distinguem Ricardo Gomes
Lima, Júlio Katinsky e a dupla Lia Mônica Rossi
e José Marconi (ver indicações de texto em
bibliografia).
Além disso, a meu ver em muitos casos as
classificações em profusão mais confundem do
que esclarecem. Como diz Ricardo Lima: “(...)
alguns dizem que a louceira e a tecelã fazem
arte folclórica ou artesanato tradicional ou arArtesãs
da região da Lagoa dos Patos, Rio Grande do Sul:
classe média empreendedora.
Foto: Lucas Moura
Artesãos do Jalapão, Tocantis: o brilho de um capim que só existe na região.
Foto: Francisco Moreira da Costa/CNPCP
tesanato cultural ou artesanato de raiz. Se Benita se aventura um pouco mais e, deixando de lado a produção de
louça utilitária, modela alguns boizinhos, cavalos, patos e galinhas para brinquedo dos filhos, alguns dirão que
ela faz arte popular muitos consideram que a professora aposentada participa deste primeiro grupo quando
costura bonequinhas de pano mas que, já ao se dedicar à confecção de panos de prato, junta-se à vendedora do
shopping fazendo trabalho manuais ou manualidades. Para outros, porque ao confeccionar os ímãs de porcelana
fria esta última utiliza moldes e produz objetos em série, o termo que melhor se aplicaria seria industrianato,
isto é, misto de indústria e artesanato; já o expositor da praça, segundo alguns, faz artesanato hippie, o joalheiro
produz design contemporâneo e o pintor e a escultora produzem arte erudita ou arte contemporânea ou a verdadeira
arte, ou simplesmente arte, separados de todos os demais. Quantos termos, quantas classificações!”
Se a contemporaneidade dilui as fronteiras entre as áreas do conhecimento e atividades em geral, o fez mais
ainda naquelas que, por natureza, têm múltiplas facetas, como o artesanato e o próprio design. Nelas, as tipologias
se interpenetram e variam muito de um caso para o outro, escapando ao olhar cartesiano que, aqui seria
uma forma de aprisionamento.
Na mira do nosso olhar está do artesanato de raiz, mais marcado pela tradição, ao recém-inventado, em técnicas
e materiais diversos, todos eles praticados coletivamente por comunidades artesanais. Ao abordar a prática
artesanal que envolve faixas significantes da população, interessa-nos trazer à luz a união entre ética e estética
que esta em jogo nessas experiências, as quais podem ser incluídas dentro de um fenômeno mais amplo de inovação
social.
Socorro da Conceição, mestra na confecção de bonecas de pano de Esperança,
Paraíba, divide seu tempo entre o artesanato e a lida na roça.
Foto: Celso Brandão
NOTAS:
1. Definição adotada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no
International Symposium on Crafts and International Markets, Manila, Filipinas, outubro de 1997.
2. Dicionário Houaiss da Lingua Portuguesa. Rio de Janeito 2007.
3, Grande Dicionário Larousse Cultural da Lingua Portuguesa. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
4. “make in a skilful way (crafted a poem; a well-crafted piece of work).” The Concise Oxford Dictionary of Current
English. Oxford: Clarendon Press, 1990.
5. “n.1546, artizan; de I’ital. Artigiano, de arte <art>, lat. ars. 1. Celui, celle qui exerce une technique tradiotionnelle,
un métier manuel demandant une qualificantion profssionnelle, et qui travaille pour son propre compte, aidé
souvent de la famille, de compagnons, d’apprentis, etc. (...) 2. (Jusqu’au XVIIIe). Anciennt. Personne qui pratique
un art, une technique, même esthétique (cet emploi cumule les sens de artisan [1. artisan] et de artiste) (...). 3. Fig.
Auteur, personne qui est la cause de (une chose, une situation, une condition), avec une idée de persévérance, de
patience (...).” Le Grand Robert de la Langue Française. Dictionnaire Alphabétiwur et Analogique de la Langue
Française, Deuxième Edition.
6. “a manual occupation that requires extensive training, usually including apprenticeship, and a high degree of
skill (e.g. carpentry, plumbing, linotype operation.” Dictionary of business and management (second edition).
Austrália, 1983.
7. LIMA, Ricardo Gomes. Artesanato e arte popular: duas faces de uma mesma moeda?
http://www.cnfcp.gov.br/…/CNFCP_Artesanato_Arte_Popular_Gom…






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quinta-feira, 13 de abril de 2017

#2017recordaçoes #recordaçoescristinetorchia2017 - comemorações e lembranças pessoais e profissionais! parte 1

ola, meninas.

dando andamento ao ano de comemorações e recordações (ja comentei que 2017 é especial pra mim e um ano de mudanças e renovações), vou relembrar os 9 anos de #megaartesanal, pois estou festejando minha DECIMA participação (em 2017) neste evento mega especial pra todas as apaixonadas por #artesanato #handmade #artesmanuais.
comecei neste mercado artesanal numa mega (em 2007), convidada pela Glitter Indústria - Luciana Camilo e Fernanda Alvarenga Lopes.
fui professora e demonstradora de pinturas variadas e me apaixonei por tudo aquilo... a alegria, a correria, os muitos preparativos, desafios, organizações, técnicas...
uhuuuuuuuuuuuuuuu quem conhece sabe a #delicia e loucura (boa) que é!
com eles fiz revistas, programas de tv, demonstrei produtos em lojas variadas, conheci o "encantamento" do ponto de venda e do contato direto com o publico... hummmm foi um aprendizado e tanto!
temos historias...
em 2007 meu filhotinho tinha acabado de nascer... eu amamentava... e temos até um acontecimento engraçado pra contar (as meninas devem lembrar), pois numa reunião de professoras eu comecei a vazar... e só quem amamenta sabe do que estou falando... rssssssssssssss todas riram e foi assim que conheci a turma linda de artesãs da Glitter... pessoas queridas como a Lucia Luzzi, a Sylvia Oliveira e outras moças talentosas com as quais me relaciono até hj.
valeuuuuuuuuuuuuuuu, Glitter. valeu, meninas.
em 2008 fui convidada também pela empresa Brascola Ltda. para participar da #megaartesanal e, com eles, fiz ótimas parcerias, dei aulas, participei de programas de tv etc e tals. Tenho saudade da Simoninha - querida companheira de trabalho...
então, tenho muito a agradecer, aprendi tannnto (e ainda tenho tanto a aprender) e quero compartilhar estas alegrias e conquistas.
2007 e 2008 foram anos de novas experiencias, contatos, conhecimentos...
#gratidao resume e traduz meus sentimentos.
bjao em todas que fizeram parte desta trajetoria.
vamos que vamos!
#2017recordaçoes #recordaçoescristinetorchia2017






  












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